Dizem que as 1ªs memórias que guardamos remontam aos 3/4 anos de idade. Posso garantir que a minha 1ª recordação data de bem cedo. Tinha apenas 2 anos. E o mais curioso é que não me recordo nem do Pai nem da Mãe, mas sim do Zarack, o meu 1ºCão!
Lembro-me de estar na cama de grades e de ouvir um grande alvoroço do andar de baixo, de repente apareceu este cão, que acompanhou toda a minha infância e início de adolescência e que, ao morrer, nos fez chorar de profunda tristeza. Ainda hoje ao rever os albúns de família posso ver o quão presente ele esteve no meu crescimento, brincadeiras na praia, no quintal, sentado a meu lado no sofá...falta dizer que o Zarack era um pastor alemão, côr de fogo, obediente, companheiro e fiel ao seu dono e à família que o recebeu durante 10 anos. Recordar é viver! Sem dúvida.
Após a partida deste amigalhaço, chegou a Zaray, uma rafeira arraçada de "Pincher", com o ladrar mais irritante possível, ou seja, o verdadeiro CÃO a PILHAS!!
Veio para nossa casa directamente de Castro Marim, no Algarve, tinha apenas 2 semanas de vida, era tão grande, tão grande que de manhã andava pela casa dentro do bolso do roupão do meu Pai...durante os 1ºs dias bebia biberão de 2h em 2h e tinha direito a saquinho de água quente para a aquecer, pois como bom "Pincher" que era tremia por todos os lados.
A Zaray viveu 9 anos connosco, presenciou o meu fim de curso, o meu casamento e a morte do meu Pai.
Outros cães se seguiram, o Leonardo, arraçado de "Cocker" e "Setter", um bonzão que acompanhou a minha mãe em momentos difíceis durante 6 anos e que fui desencantar num anúncio de supermercado.
O Moser, que está com 6 anos, arraçado de "Labrador", grande amigo e companheiro da minha mãe e que veio de Quelfes (Olhão), também no Algarve. Acho que a minha família gosta de cães algarvios...
E mais recentemente, eu, que na casa onde vivo há 4 anos ainda não tinha tido um cão. Em Outubro último fomos os felizes contemplados e premiados com o Roy (inicialmente conhecido por TOY, mas que por razões óbvias e que se prendem com o cenário musical português, decidiu-se alterar para Roy), um "Beagle", de 4 anos e que é um cão lindo, meigo e que adora dormir ao meu lado no sofá.
E, como eu o costumo apresentar, "é o nosso filho mais novo".
Este cão tem trazido prazer, boa disposição e alegria ao nosso cantinho familiar, alterou rotinas e horários. Também tem trazido toneladas de pêlos que eu acho que vou transformar em almofadinhas para alfinetes...
Ainda assim o Cão continua a ser o melhor amigo do homem!! E da minha família também!!
Até já!!
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