sexta-feira, 29 de agosto de 2014

De pés no chão

Pés no chão.
É preciso voltar a pôr os pés no chão. Aterrar.
 
Daqui a nada volto a casa, ao meu ninho e, 2 dias depois volto à realidade.
Deixam de existir os dias sem horas.
Sem rotinas obrigatórias.
Livros de 1083 páginas, lidos quase de seguida, sem ninguém reparar.
Mergulhos de piscina só para refrescar.
Visitas de amigos, que me fazem sentir antiga e acarinhada ao mesmo tempo... (eles sabem quem são!!!)
 
A ementa muda.
Sandes de pasta de atum com alface e tomate e  copos de groselha fresquinha!
Gelados fora de horas.
Figos apanhados ao sol e comidos com dedos pegajosos.
 
Sonhar acordada à conta dos 8 livros que devorei...
Jogos de dominó e cartas até a derrota me vencer.
Rir e "gargalhar a bom gargalhar" à conta das palermices ditas pela minha filha.
 
Ser surpreendida pela profundidade do pensar e do sentir da  miúda que saiu de dentro de mim.
 
Ser surpreendida pela vida. Mais uma vez.
Sem saber o que me espera.
Resta-me esperar pelo que me espera.
 
Hora de aterrar. "Srs. Passageiros...
Hora de aterrar. E aguardar.
 
Até já.