domingo, 20 de setembro de 2015

Mais uma voltinha...

Mais uma moeda,
mais uma voltinha no carrocel.

A minha querida filha vai para a Escola Secundária. Já?!!!
 
E porque a vida é feita de escolhas e opções, decidimos pôr mais uma moeda na máquina e comprar uma viagem para uma vida nova.

Pegámos em 9 anos de bagagem e dois cães e mudámos de casa, para mais perto da escola nova.
Para mais perto de uma vida nova.
 
As férias foram passadas nisto.
Cheias de ansiedade, stress e dores de costas.
Mas conseguimos!
Parámos uma semana e fugimos para longe de tudo.
Tentámos carregar baterias...
 
Consegui deixar de pensar que só voltarei a ter férias daqui a um ano e que estas passaram num fósforo, entre caixas, sacos e confusão.
Não descansei e não sei quando voltarei a descansar.
Mas não vale a pena deprimir, há que seguir em frente e aproveitar.
Viver nesta casa é como se tivéssemos de férias.
Ainda não sabemos bem o sítio das coisas e  é tudo diferente.
É bom!
 
E assim, cá vamos nós.
Escola nova.
Casa nova.
Vida nova.
Somos felizes.
E estamos prontos para mais uma volta no carrocel.
 
P.S: Até já. (Prometo ser mais assídua na escrita!!)
 
 

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Os pequenos nadas. Os pequenos tudo.

E a vida surpreende-nos. Sempre.
Abro a porta daquele carro que só tu conduzias e em que fomos felizes e únicos.
Únicos, porque carros daqueles só existiam nos filmes americanos antigos.
Felizes, porque de cada vez que o conduzias realizavas um sonho teu e fazias parar o mundo à nossa volta. Tocavas uma das "mil" buzinas e fazíamos um sucesso.
Todos olhavam. Todos acenavam. Todos sorriam.
E éramos felizes.
A música saía daqueles "cartuchos" gordos que compravas uma vez por ano na Feira da Luz.
Eu sentava-me à frente, ao teu lado e sem cinto!! Não era obrigatório...e mesmo que fosse, aquele carro não os tinha.
 
Fui visitá-lo no outro dia.
Abri a porta e cheirei.
(Porque há pequenos nadas que marcam...)
Não resisti e entrei, sentei-me e pus as mãos no volante.
O tempo recuou 100 anos e deixei-me ir.
 
Voltei a ter-te ao meu lado.
Senti-te vivo e fui feliz outra vez.
As lágrimas fugiram de mim, sem ordem, sem controle.
Nem me tentei controlar, porque quase 20 anos sem ti não são controláveis.
Deixei-me ir até já não haver mais nada.
Até perceber que estava no teu carro.
No teu sonho.
E perceber que estás sempre comigo.

Obrigada pela tua presença nos "nadas" desta vida.
Foste tanto, que continuas a existir.
Quero seguir as tuas pisadas. E ser como tu.
Perdurando no tempo e no coração de quem toco.

Até já!!
P.S: Queria ter-te escrito no Dia do Pai...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

15 Vivas a ti Matilde!! Com chuva. Com todo o amor.

E chove!
Tu bem disseste que ía chover no teu aniversário...

Já te disse que és a melhor coisa que me aconteceu nesta vida?
Já te disse que tens feito de mim uma melhor pessoa?

Tens me feito descobrir uma força interior que eu desconhecia existir.
Fazes-me ser grata no final da cada dia.
Fazes-me ser vaidosa de ti.
Fazes-me compreender o difícil.
Fazes-me querer viver mais.
Fazes-me querer contar a nossa história para quem nos ouvir poder descobrir que também é capaz!
Fazes-me querer gritar que o impossível se torna possível pelo amor, pela significância dos pequenos nadas.

És a minha bandeira. O meu estandarte.
És a peça do puzzle que completa o meu objetivo de vida.
Ainda bem que me escolheste para ser tua.
Ainda bem que nasceste de mim.
Se assim não fosse continuaria a procurar-te na essência da vida.
Na minha insatisfação natural, na procura dos porquês que dão sentido aos dias.
Mas sem saber, és tu a resposta.
Foste concebida em mim e nasceste para mim.
Que mais posso desejar?
És um milagre.

E quando no fim eu me perguntar se valeu a pena, vou responder-me "que tudo vale a pena quando a alma não é pequena", tal como o dizes desde que aprendeste Fernando Pessoa no 4ºano...
E sim, porque contigo aprendi a descobrir que só com alma e coração disponível é possível.

E chove!
Tu bem disseste que ía chover no teu aniversário...
És a minha miúda da meteorologia.

És o que de melhor há, Matilde. Em mim. Na vida.
A.m.o.t.e!