terça-feira, 28 de maio de 2013

Pessoas Pequenas

Há pessoas pequenas.
Pequeninas mesmo.
Pequenas de ideias e de pensamento.
E mais grave, pessoas pequenas de coração.
Não posso dizer que tenha paciência para elas. Não tenho.
Não tenho tempo.
Tenho pena.
Pena de serem tão pequeninos e tão centrados neles próprios que perdem tudo o que de bom se passa à sua volta.
Como se carregassem os problemas do mundo às costas.
E não há dinheiro ou condição sócio-económica que lhes valha.
Coitados.
Há gente assim.
Sem risos.
Sem cor.
Sem alegria.
Nada lhes serve ou satisfaz.
A vida passa-lhes ao lado.
E eu a vê-los.

Eu não queria dizê-lo, mas não me contenho.
Até já!


domingo, 5 de maio de 2013

A Mãe da Gaby

Hoje falo da minha Mãe. A Mãe da Gaby.
A minha Mãe é gira, loura, elegante e de olhos azuis.
Tem mais 23 anos do que eu e é meia grega, meia alemã...
A minha mãe é uma aventureira, saiu de casa com 19 anos, para ir viver para um país estrangeiro em nome do amor.
Dizem que França é o país do amor e das cegonhas, talvez por isso eu tenha nascido lá.
Também em nome do amor, veio para Portugal.
Não conhecia ninguém, não falava a língua e ainda assim por aqui ficou. Por aqui ficámos.
Construiu a sua vida. Trabalhou. Amou e foi amada.
Infelizmente, o homem da sua vida (arrisco dizer, das nossas vidas) desapareceu ao fim de 25 anos de vida em comum.
A minha Mãe é forte, mas não sabe.
Continuou a ser minha Mãe e meu Pai.
Aguentou a solidão da viuvez, a solidão de ser estrangeira, a solidão de pertencer a vários países e no fim, não pertencer a nenhum.
 
A minha Mãe é meiga.
A minha Mãe é fiel.
A minha Mãe está presente. SEMPRE!!
A minha Mãe apoia as minhas semi-loucuras e as minhas vontades pouco convencionais.
 
A minha Mãe chama-se Mãe da Gaby.
Quando atende o telefone, apresenta-se como tal.
Quando conhece alguém do meu círculo de amigos ou do meu meio profissional, diz sempre, "sou a Mãe da Gaby".
Identifica-se comigo. Com a minha pessoa.
É a minha Mãe!! Tem orgulho de o ser.
Mais palavras para quê?
 
Obrigada Mãe. Por tudo.
As gargalhadas descontroladas.
As lágrimas partilhadas.
Tudo!
Amo-te! SEMPRE!!
 
Até já!