O meu GRANDE Herói foi, sem dúvida alguma, o meu PAI!
Era o Pai, o Homem de Família, o Marido, o Amigo, o Protector...o Pilar.
Não era perfeito, como ninguém o é. Mas eu também só o descobri ao atingir a maioridade. Descobri que o meu Super Herói tinha defeitos e ainda assim continua a ser o HOMEM que eu dizia "que queria casar quando fosse grande".
É incrível como uma pessoa nos pode marcar tanto. Desapareceu da minha vida há quase 16 anos, mas continuo a falar dele e a pensar nele como se tivesse ido embora ontem.
Tem sido o meu modelo. Continua ser o meu modelo.
Com ele aprendi a aceitar as pessoas, venham elas de onde vierem, aprendi a ser corajosa, aprendi a ultrapassar-me a mim própria, a exigir aquilo a que tenho direito, a lutar por quem amo, a não parar quando tudo na vida nos quer fazer parar, a ser simpática, a ser gozona, a acreditar que tenho capacidade para ir onde quiser, a fazer coisas bonitas com as minhas mãos, a ajudar os outros...
Queria escrever sobre o Amor.
E só podia escrever sobre este homem. Que tanto privava com Doutores como com Pescadores, que nunca negou uma mão amiga a quem pediu, que sabia que ía morrer e que disse serenamente a quem o visitou " estou em paz".
Penso muitas vezes como seria tê-lo cá agora. Para conhecer a minha filha, para o ver ser Avô de uma menina tão especial, para o ter como Pai (agora que já sou adulta).
Falar dele faz-me chorar, mas também me faz pensar na sorte que tive de o conhecer!
Que SAUDADES!
Dizem que o tempo cura tudo...não cura, apenas ajuda a aceitar melhor.
Fica a certeza que um dia o voltarei a encontrar, por aí, numa nova vida, melhor que esta e onde não existirá fim.
Até já, Pai!
