domingo, 3 de julho de 2011

...15 minutos...

Este sábado tinha um casamento em pleno monte alentejano. Traje formal campestre.
Estando em época de calor, o casamento seria ao fim do dia para não "assarmos" e a maquilhagem das senhoras não derreter, por assim dizer.
Marquei cabeleireiro por terras alentejanas, não fazia sentido sair de Lisboa muito lindinha para chegar lá toda espapaçadinha...Reservámos um quarto para passar a noite pois a festança iria acabar tarde.
Posso dizer que estava mesmo cheiiiiinha de vontade de ir a este casamento, arranjar-me, vestir bem, pôr-me gira, conhecer gente, passar umas horas com pessoas diferentes, sair desta repetição que é o dia a dia.
O vestido, as sandálias, os acessórios, tudo escolhido ao pormenor. Ou é para arrasar ou não vale a pena ir, certo? Certo!!

Na 6ªf à noite a minha Princesa passou mal.
Fez uma crise epiléptica durante quase 15 minutos.
15 dolorosos minutos, daqueles que parecem que nunca mais acabam.
Em que a emoção questiona a razão.
Em que parece que está tudo perdido. 
Em que o sentimento de impotência tolda o entendimento e o amor que sinto pela minha filha parece não ser o suficiente para a ajudar a ultrapassar o momento.
Quem me dera ser médica, cientista, saber ajudá-la melhor, ser a Super Mulher e não permitir que estes momentos se repitam...
Mas não sou.
Sou apenas uma mãe. Que tenta todos os dias fazer o melhor, para evitar que estes 15 minutos aconteçam.

E assim, e como nem sempre a sucessão dos acontecimentos permite que seja feita a nossa vontade, acabei por não ir a casamento nenhum, desfiz as malas, desmarquei o cabeleireiro, o quarto  e guardei a "farpela" para outra ocasião. 
Fico à espera de outro casamento.
Fico à espera do milagre. 

Até já!!

1 comentário:

  1. Miga, és muito especial, caso contrario, não suportarias essa luta. Estou contigo e com a Matilde esperando esse milagre. O que peço é simples...a cura Divina sobre a Matilde.

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