Despedi-me conscientemente de ti na véspera de Natal, achando que o dia do Adeus estava a chegar, sorrateiro e anunciando-se com o aumento do teu sofrimento, a fraqueza na tua voz e a certeza a instalar-se no meu coração que muito em breve teria de ver-te partir.
Umas semanas antes tinha comentado cá em casa, que para mim 2020 não seria o ano do COVID-19, seria o "ano da minha Mãe".
E assim foi. Assim ficará gravado na minha memória.
Que enquanto o mundo inteiro travava a batalha mais inesperada de sempre, tu partias da minha vida, dos meus telefonemas, da minha casa, da tua casa e de tudo o que fazia parte de ti e de mim.
Hoje abri o teu roupeiro, apenas para te cheirar e ser transportada a outra vida, celebrar a pessoa que foste e és em mim, para sempre.
As vezes que nos últimos dias me disseste: "obrigada minha filha, minha Gabyzinha, por tudo o que tens feito por mim" e eu apenas te respondia que não era para agradecer.
Será que sabias que eu seria capaz de muito mais (se fosse possível), para que tudo ficasse bem e tu não tivesses de sofrer?
Posso não saber grande coisa, nem ter grandes certezas, mas sei que eras uma Mãe cheia de orgulho em mim. E eu pergunto: o que posso querer mais?
Obrigada por teres sido minha Mãe!
Digo-te adeus devagarinho. Todos os dias mais um bocadinho.
Lastimo muuuuiiitooo que a Gaby tenha "perdido" o Pai e a Mãe tão nova ainda, mas a vida é assim...
ResponderEliminarPessoas especiais merecem mães, pais e filhas especiais ❤️
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